quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

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"RIO DE JANEIRO"




O Rio acordou em confusão
E eu com o coração apertado
Nas ruas o medo do arrastão
Deixou o povo enclausurado.

O céu azul tornou-se negro
Coquetel Molotov de prontidão
O estopim da bomba está aceso
Nos morros do Cruzeiro e Alemão.

Nunca vi tanto desrespeito
A um povo tão sofrido e humilhado
Do morro apenas ecos do tiroteio
E bala perdida pra todo lado.

Tristes foram as imagens registradas
Queria nunca ter visto este horror
Crianças chorando e mães acuadas
Enquanto bandidos espalhavam o terror.

Mas em meio a toda esta algazarra
Vejo a imagem imponente do Redentor
Seus braços abertos a todos ampara
Cobrindo o Rio com seu manto de amor

Serena.

PAZ+E+RIO.png (400×283)


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

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"FOLIA GERAL"



Chegou Fevereiro 
e com ele o Carnaval
Mês esperado o ano inteiro
A alegria é alegoria excencial.

Hoje tem samba-enredo
Tem também bloco de rua
Bate bola que até dá medo
Mas também muita mulher nua.

Pelos clubes a folia rola a noite inteira
Muito samba suor e cerveja liberada
Tem muita gente que depois da bebedeira
No dia seguinte não se lembra é de mais nada.

E pelas ruas o bloco vai seguindo
A alegria contagia e empolga geral
E eu da sacada vou apenas me despedindo
Enquanto o povo aguarda o próximo Carnaval.

Serena.


O Carnaval acabou e eu que não gosto da folia,
dei graças...rsrsrs, mas tem muito folião espalhado
por este Brasil afora, que está tristinha esperando
o próximo bloco não é mesmo?
Meu marido todo ano trabalha no Sambódromo e
eu resolvi postar algumas fotos tiradas por ele de lá.
Minha intenção é que quem não conhece ainda o Carnaval
do Rio de Janeiro, veja um pouquinho do que é mostrado
pela cidade do Samba ok?
Espero que gostem.
Um beijo e até mais!!!

Aqui um pouquinho da Escola campeã de 2010
Unidos da Tijuca pra vocês:










E é isto meus amigos, espero que tenham gostado!
Beijos meus para todos!

sábado, 16 de janeiro de 2010

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"IRMÃO HAITIANO"







Pelas ruas entre os escombros
chora a criança assustada,
Traz o irmãozinho nos ombros
Procurando a mãe soterrada.

Entre as ruínas, um grito abafado
É mais um irmão que geme e que chora
Por baixo das pedras...corpo mutilado
Ora, roga à Deus e implora.

Meus olhos não querem enxergar
tanta dor e destruição
Mães sem filhos pra beijar,
corpos estendidos pelo chão.

Nas ruas um cenário de guerra
Só que dessa vez sem inimigo
Pelo chão o sangue banhando a terra
Gente gritando querendo abrigo.

Do que ali restou,a vida se fez ausente,
Minha alma de poeta chora e sofre também
Calo pelos mortos e pelo irmão sobrevivente
E Pelo povo sofrido que das mazelas virou refém.

Serena.

 
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